Do ponto de vista médico, a mais importante espécie de Klebsiella, causando infecções adquiridas na comunidade, nas instituições para cuidado a longo prazo e no hospital.
Em mamíferos a Klebsiella coloniza principalmente as superfícies mucosas. Em seres humanos normais, as taxas de colonização são de 5 a 35% no cólon e de 1 a 5% na orofaringe; a pele é habitualmente colonizada apenas transitoriamente.
Nas instituições para cuidado a longo prazo e nos hospitais, a colonização ocorre também com K. oxytoca.
A disseminação pessoa a pessoa é o modo de aquisição predominante. A Klebsiella causa um espectro de infecções extra-intestinais similares ao causado pela E.coli. Entretanto, as infecções extra-intestinais causadas por Klebsiella ocorrem em menor incidência em todos os locais, exceto o trato respiratório.
Quadro clínico: As síndrome clínicas mais comuns são pneumonia( principalmente em hospedeiros com doenças subjacentes, ex alcoolismo, diabetes ou doença pulmonar crônica), infecções abdominais, de trato urinário e de incisões cirúrgicas. Além destas, a Klebsiella pode causar celulite infecciosa, endoftalmite de origem hematogênica, e sinusite nosocomial. Causa também casos esporádicos de oestomielite contígua a infecções dos tecidos moles, miosites temperadas e meningites.
Diagnóstico As Klebsiella são prontamente isoladas e identificadas em laboratório. Habitualmente estes organismos fermentam lactose.
Resistência a antibióticos: Cepas resistentes aos antibióticos já foram responsáveis por surtos de infecção nosocomial em UTI e berçários neonatais. Essa bactéria é resistente à ampicilina e a ticarcilina. A crescente resistência é mediada primariamente por ESBL transferidas por plasmídios. Ainda, estes plasmídios codificam resistência aos aminoglicosídios, tetraciclinas e SMX-TMP. Também já se descreve resistência às combinações de betalactamicos/inibidores das betalactamases e as cefalosporinas de segunda geração independente de plasmideos contendo ESBL. A prevalência de resistência às quinolonas pode chegar a 20% e 50% em cepas contendo ESBL.
Mais recentemente, algumas cepas (KPC) adquiriram resistência aos carbapenêmicos. Nesses casos, as únicas opções terapêuticas para o tratamento são três antibióticos de alto custo: polimixina B, tigerciclina e amicacina.
*Fonte texto: Harrison Medicina Interna 17 Edição.
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Texto criado por:
Guilherme Kumm Ávila
Bruno Beltrame Medeiros